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Diretor Fernando Meirelles entra na campanha contra PEC 37

17/05/2013

Mais uma campanha publicitária, que começou a ser veiculada nesta sexta-feira (17), ajuda a mobilizar a opinião pública contra a PEC 37, a Proposta de Emenda à Constituição que retira o poder de investigação do Ministéiro Público e deixa essa prerrogativa exclusivamente com as polícias. A campanha, organizada pelo Ministério Público Democrático (MPD) tem filme dirigido pela O2 Filmes, do diretor Fernando Meirelles (Cidade de Deus e Ensaio Sobre sobre a Cegueira).
 
Não é a primeira vez que a O2 Filmes apoia ações da entidade que representa os promotores e procuradores. "Já havíamos apoiado o Ministério Público Democrático, mas neste caso também somos críticos à PEC que tira do MP o direito de investigação", disse Meirelles. Em 2010, o diretor chegou a dirigir algumas propagandas da candidatura da ex-senadora Marina Silva à Presidência da República.O vídeo aborda a investigação de casos graves nos quais a investigação do Ministério Público (MP) fez a diferença, como os casos Celso Daniel, a máfia da propina em São Paulo e o mensalão. "A campanha foi construída e trabalhada por pessoas que têm amor pelo País, sem ganhar nada", disse o promotor de Justiça Roberto Livianu, diretor do MPD.
 
A campanha #naoaPEC37 será vinculada na TV, no rádio, internet, mídia impressa, mídias sociais e aeroportos.
 
"A PEC é uma tragédia, uma hecatombe jurídica. É triste ter que mobilizar as pessoas para se colocar contra uma imoralidade deste tamanho", defende Livianu. "Nós não queremos monopólio (do poder de investigação), porque monopólio significa desproteção social. Nós queremos preservar o nosso poder de investigação."
 
A campanha também tem apoio da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), AMB (Associação dos Magistrados do Brasil), Fenapef (Federeção Nacional de Policiais Federais) e do Ministério Público Brasileiro.
 
PEC 37
O autor da PEC que prevê a exclusividade do poder de investigação para a polícia é o delegado e deputado pelo PTdoB Lourival Mendes (MA). Para ele, a liberdade de investigar do Ministério Público traz uma "instabilidade jurídica", causada por uma "usurpação das funções públicas".

Fonte: Brasil contra a Impunidade, com informações do Portal IG

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