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MP-GO lança campanha Conte até 10 nas escolas

23/10/2013

O tom harmônico do discurso proferido pelos representantes do Ministério Público, Judiciário e Executivo estadual não deixou dúvida quanto à boa receptividade da campanha Conte até 10 nas Escolas, um desdobramento da campanha nacional "Conte até 10. Paz. Essa é a atitude", lançada no ano passado. Durante o evento foi apresentada também a cartilha didática, com conteúdo elaborado em parceria com o MEC, que servirá de suporte para as atividades educativas em sala de aula.
 
"Fazemos questão dessa parceria com o Ministério Público e com o Estado", destacou Carlos Magno, que, na ocasião, representou a presidência do Tribunal de Justiça de Goiás, acrescentando que o programa é uma ação do bem, para mudar padrões comportamentais.
 
Para o secretário estadual de Educação, Thiago Peixoto a escola representa boa convivência e não combina com violência, não devendo esta prática fazer parte da vida do aluno. Ele reconhece, entretanto, que o sistema como um todo sofre influência da sociedade, daí a importância desse movimento para combater problemas que têm sido frequentes como o bullying e as drogas. Para ele, quando a violência entra no ambiente escolar, além de gerar um desconforto imediato, tem um alto potencial de multiplicação. Por fim sugere buscar a participação da família para esse enfrentamento.
 
O procurador-geral de Justiça de Goiás, Lauro Machado Nogueira, que atuou no Tribunal do Júri por mais de uma década, foi categórico: "a violência por impulso acaba com a vida do que vai e também daquele que fica". Notícias sobre violência ocupam os meios de comunicação, destacando os altos e crescentes índices, principalmente de violência por causas fúteis vivenciadas pelos brasileiros nos últimos anos, em especial entre jovens sem histórico de violência.
 
Abertura
A solenidade foi aberta com apresentação musical do grupo Ciranda da Arte, da Secretaria Estadual de Educação. A mesa diretiva foi composta pelo procurador-geral de Justiça, Lauro Nogueira; pelos coordenadores dos CAOs da Educação, Simone Disconsi de Sá; Criminal e representante do Enasp em Goiás, Vinícius Marçal, e da Infância e Juventude, Karina D'Abruzzo, além da promotora de Justiça Ana Paula Antunes Nery, diretora da Escola Superior do Ministério Público.
 
Também participaram o juiz auxiliar da presidência do Tribunal de Justiça, Carlos Magno Rocha da Silva; a juíza Camila Erbetta; o secretário estadual de Educação, Thiago Peixoto; a presidente do Conselho Estadual de Educação, Ester Galvão. Pelas polícias participaram a diretora-geral da Polícia Civil, Wânia Martins; o tenente-coronel da PM José Augusto de Lima e a responsável pelo Batalhão Escolar, Marinéia Marques.
 
Conte até 10 nas Escolas
A explicação do projeto Conte até 10 nas Escolas ficou por conta da coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação, Simone Disconsi de Sá. Ela explicou, por exemplo, que a iniciativa é nacional e parte dos Ministérios Públicos que aderem à proposta, juntamente com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp) - uma parceria entre o CNMP, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério da Justiça.
 
Essa segunda fase pretende sensibilizar jovens e adolescentes para o alto número de mortes decorrentes de conflitos banais e que poderiam ser resolvidos sem o recurso da violência. Assim, serão propostas situações de ensino-aprendizagem amparadas nos seguintes pilares defendidos pela Unesco: aprender a conhecer, a fazer, a ser e a conviver.
 
Como metodologia, é sugerida a educomunicação, que usa de recursos tecnológicos para obtenção de resultados. Essa instrumentalização servirá de material complementar aos temas do ensino médio, será capaz de promover a reflexão sobre a violência, em especial a juvenil e de estimular o debate e o conhecimento sobre as consequências sociais e penais de um crime de homicídio.
 
Para Simone Disconsi, o projeto visa ainda fomentar atitudes de pais, fornecer materiais para o debate e desenvolver a capacidade crítica dos estudantes do ensino médio. Estruturado em quatro grandes temas - a vida e morte; direitos e deveres dos adolescentes; violência nas escolas e bullyng e enfrentamento da violência nas escolas, o projeto, depois de implementado com a cooperação de promotores, delegados, juízes e outros profissionais deve ser ampliado para as atividades que possam demonstrar o nível de conhecimento dos alunos sobre os temas, e, por fim, passar por uma fase de avaliação. A ideia é distribuir todo o material da campanha (cartilhas, cartazes, etc.) ainda este ano, para que os professores possam personalizar, de acordo com suas necessidades, a sua aplicação, já a partir do início do próximo ano letivo.
 
Perigos na Net
Durante o evento, foi distribuído também amostra de material relativa à terceira fase da campanha Criança não é Brinquedo, que tem como objetivo o combate à prostituição infantil. Conforme adiantou a coordenadora do Centro Operacional da Infância e Juventude, Karina D'Abruzzo, essa etapa da campanha terá como foco os cuidados com o acesso à internet, a ser lançada em meados de novembro, com o lançamento de jogo interativo e outras peças publicitárias sobre o tema.
 
Palestra
Para encerrar a solenidade de lançamento da campanha, foi promovida a palestra Mediação Social no Contexto Escolar, com a mestre em política social pela UnB, Flávia Tavares Beleza. Ela mostrou aos presentes os resultados obtidos pela universidade, ao desenvolver no âmbito do Distrito Federal experiência de mediação em escolas da rede pública de ensino, em especial aquelas localizadas em regiões consideradas em ‘vulnerabilidade social', por meio da formação de mediadores sociais de conflitos e da promoção dos valores da cultura de paz, dos direitos humanos, da justiça social e cidadania.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MP-GO

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