Milhares de brasileiros marcham contra voto secreto parlamentar e PEC 37
26/04/2013
Entre os dias 19 e 21, milhares de brasileiros de todas as idades, raças, crenças e classes sociais saíram às ruas em pelo menos 78 cidades das cinco regiões do país e do estrangeiro para protestar contra o voto secreto parlamentar e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37. Trata-se de mais uma Marcha Nacional Contra a Corrupção, organizada pelo movimento Dia do Basta, que também reivindica a extinção do foro privilegiado e que a corrupção seja tornada crime hediondo.
Empunhando faixas e cartazes e pintados com as cores do país, os manifestantes marcharam cantando o hino nacional e gritando palavras de ordem como "Voto secreto não, eu quero ver a cara do ladrão", "O povo acordou, o povo decidiu, ou para a roubalheira ou paramos o Brasil" e "Não é mole não, imposto no Brasil é para a corrupção". Também foram realizadas atividades como debates para conscientização e performances musicais e teatrais em praças de diversas cidades que aderiram ao protesto.
"A nossa intenção é mobilizar as pessoas. Essa marcha é um cartão postal para os que estão se inteirando dos objetivos do protesto agora para, a partir daí, começarmos a levar adiante nossos objetivos. Temos que acostumar os brasileiros a assinarem esses abaixo-assinados até conseguirmos gente suficiente para iniciarmos leis de iniciativa popular", explica Thamires Carvalhaes, uma das coordenadoras do movimento no Rio.
Os manifestantes ainda distribuíram folhetos, informaram os pedestres e coletaram assinaturas para duas petições públicas a serem entregues ao Congresso Nacional com suas principais reivindicações: uma pelo voto aberto parlamentar, o que inibiria traições ao eleitorado como a eleição de fichas-sujas para cargos importantes, por exemplo, e outra contra a PEC 37, que tramita no Senado com objetivo de subtrair do Ministério Público o poder de investigar. "Explicamos o tema para a população e com isso conseguimos muitas assinaturas. Em quase todas as cidades pequenas, o número de assinaturas foi grande, chegando a superar as marchas nas cidades grandes", conta Gerusa Lopes, coordenadora nacional do movimento.
Fonte: The Epoch Times
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