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Operação Avalanche do MP-GO desmonta quadrilha de tráfico de drogas que agia de dentro de presídio

18/02/2014

Deflagrada pelo Ministério Público de Goiás nesta terça-feira (18/2), a Operação Avalanche resultou em 17 pessoas presas temporariamente, 5 conduzidas coercitivamente e 19 mandados de busca e apreensão cumpridos. A ação teve como objetivo desmontar organização criminosa que agia em Campos Belos, no Nordeste goiano, com ramificação em Formosa e orquestrada por telefone do complexo prisional em Aparecida de Goiânia.
 
Participaram da ação 10 promotores de Justiça de diversas comarcas do Estado e servidores do MP, com apoio do Centro de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O trabalho contou ainda com a parceria das Polícias Civil e Militar de Goiás e Polícia Civil do Distrito Federal, além do Grupo de Operações Penitenciárias (Gope) da Secretaria de Administração Penitenciária e Justiça e de agentes carcerários da Penitenciária Odenir Guimarães.
 
Entre o material apreendido na ação estão cerca R$ 50 mil em espécie, em moedas diversas (real, euro, dólar e peso); um cheque no valor de R$ 100 mil; cerca de 23 quilos de maconha e 8 pedras de crack; cadernos de anotações; documentos; celulares; chips; uma balança de precisão e três veículos. As drogas foram flagradas com suspeitos presos em Formosa, Campos Belos e no presídio em Aparecida e resultaram em flagrantes específicos.
 
Dos detidos, dez estavam em Campos Belos, quatro em Formosa, dois no complexo prisional e um em Sobradinho, no DF. As conduções coercitivas (quando as pessoas são levadas para prestar depoimento e liberadas em seguida) aconteceram em Campos Belos.
 
Investigação
Os promotores participantes destacam que as investigações começaram em dezembro do ano passado pela Promotoria de Justiça de Campos Belos. A partir de então, vários crimes foram apurados, tais como o tráfico e a associação ao tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Esteve sob investigação também a facilitação de entrada de celulares em presídio.
 
Da cadeia
De acordo com o MP, a organização era comandada por um detento de dentro da Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. Ficou constatado que ele, de posse de um celular, enviava ordens aos membros da organização, fornecendo-lhes drogas e armamentos, que eram sistematicamente distribuídos em Campos Belos e Formosa.
 
Em Campos Belos, a organização contava com pelo menos seis membros, enquanto, em Formosa, agiriam outros seis. Além do líder da organização, outro preso, que dividia a cela com ele, foi alvo das investigações por associação à organização. Os nomes dos envolvidos só deverão ser divulgados quando do oferecimento das denúncias.
 
Em dezembro último, interceptações telefônicas, devidamente autorizadas judicialmente, foram feitas para descobrir a forma de atuação da organização, seus membros, movimentação financeira e o caminho da droga. Durante as investigações, foi possível a intervenção pontual da Polícia Militar em Campos Belos, com a apreensão de importante quantia de drogas e a prisão em flagrante de alguns dos integrantes.
 
Denúncias
O Ministério Público adianta que está previsto o oferecimento, num primeiro instante, de três denúncias por tráfico de drogas contra vários membros da organização, o que deve acontecer até o final desta semana.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MP-GO

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