Por meio de nota, a Associação Goiana Do Ministério Público (AGMP), repudiou as declarações do Ministro Gilmar Mendes, em sessão de julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) realizada na quinta-feira, 14. O ministro, durante seu momento de voto por manter na Justiça eleitoral a apreciação de crimes de corrupção, quando há caixa 2, atacou membros da Operação Lava Jato e sua ação: “Método de gângster”.
Gilmar ainda disse que a Lava Jato, que chamou de “fundação anticorrupção”, objetiva ser um fundo eleitoral para futuras eleições. A AGMP afirmou que as declarações do ministro “transbordaram o equilíbrio e a responsabilidade exigidos de um integrante da mais alta Corte de Justiça do País”.
Também conforme a nota, a gravidade da fala de Gilmar exige apuração, pois “consubstancia-se em ofensa ao Estado de Direito, no qual a democracia e o respeito às instituições e seus membros se constituem elementos essenciais” e ainda: “Por essas razões, a Associação Goiana do Ministério Público externa repúdio às declarações do Ministro Gilmar Mendes, ao tempo em que presta irrestrita solidariedade e apoio a todos os membros do Ministério Público brasileiro e em especial nessa ocasião aos integrantes da força-tarefa “Lava-Jato, os quais, no estrito cumprimento dos seus deveres constitucionais, vêm prestando um grande serviço ao país no que se refere ao combate à corrupção e ao crime organizado”.
O texto da associação goiana foi bem visto pelo procurador da república e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol. Pelas redes sociais, ele agradeceu “aos promotores e procuradores de Goiás pela solidariedade e apoio, que significam muito para nós. Todos somos parte de um só Ministério Público e nos sentimos honrados de servir a sociedade ao lado de vocês”.
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