A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, divulgou, nesta sexta-feira (29), a escolha da procuradora de Justiça de Goiás, Ivana Farina, para integrar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na vaga destinada aos Ministérios Públicos estaduais. O anúncio foi feito durante a II Conferência Regional de Promotoras e Procuradoras de Justiça dos MP Estaduais – Região Nordeste. O evento é promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em Salvador (BA). Atualmente, Ivana Farina ocupa o cargo de secretária de Direitos Humanos e Defesa Coletiva do CNMP.
Raquel Dodge destacou os fatores que determinaram a escolha da procuradora: “Por seu inabalável compromisso com as liberdades e a democracia, por sua atuação incessante, incisiva, resolutiva, entusiasmada e profunda no enfrentamento do crime e na promoção de direitos; por um histórico de lealdade à sua missão constitucional e demonstração de caráter no exercício de suas funções”.
Em agradecimento, Ivana Farina ressaltou que integra o Ministério Público há 30 anos e que tem como ideal a busca e a luta por uma sociedade mais justa. Ela foi a mais votada tanto no Ministério Público de Goiás quanto no Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), onde recebeu 22 dos 25 votos. Após a indicação da PGR, Ivana deverá passar por sabatina no Senado, antes da nomeação e posse no CNJ.
Saiba mais – Desde 2017, Ivana Farina é a responsável pela Secretaria de Direitos Humanos e Defesa Coletiva do CNMP, pasta ligada ao gabinete da presidência do órgão. É membra convidada da Comissão Permanente de Defensores dos Direitos Humanos e Enfrentamento à Criminalização dos Movimentos Sociais e da Comissão Permanente dos Direitos da População em Situação de Privação de Liberdade, do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH).
Entre maio e dezembro de 2016, Ivana presidiu o Conselho Nacional de Direitos Humanos. Integra o Ministério Público desde 1989, onde ocupou o cargo de procuradora-geral de Justiça do Estado de Goiás por dois mandatos (1999 a 2003). Foi presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça (CNPG), em 2000, tendo sido a primeira mulher a presidir o órgão. Foi membro auxiliar do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), com atuação na Comissão de Controle Externo da Atividade Policial, controle do sistema carcerário e de medidas socioeducativas aplicadas a menores em conflito com a lei.