A procuradora de Justiça e diretora sócio-cultural na Associação Goiana do Ministério Público, Carla Fleury de Souza, tomou posse como ouvidora do Ministério Público de Goiás (MPGO), nesta quinta-feira (27/3). A cerimônia solene, realizada pelo Colégio de Procuradores de Justiça (CPJ), oficializou sua nomeação para o biênio 2025-2027, tendo como ouvidor substituto o procurador Umberto Machado de Oliveira. Ambos foram eleitos por aclamação em 24 de fevereiro, reforçando o respaldo do colegiado à condução de um trabalho pautado na transparência e no compromisso com a escuta qualificada da população.
Carla Fleury sucede a procuradora Orlandina Brito Pereira, que exerceu a função por três mandatos alternados entre 2017 e o início de 2025. Sua nomeação não representa apenas uma continuidade administrativa, mas um reforço na proposta de aprimoramento da interlocução entre o Ministério Público e a sociedade. Antes de assumir o cargo, Fleury já havia atuado como ouvidora substituta no último ano, o que lhe conferiu experiência direta na condução das demandas sociais apresentadas à instituição.
Compromisso com acolhimento
O evento de posse reuniu 20 membros do colegiado e foi conduzido pelo procurador-geral de Justiça, Cyro Terra Peres, que destacou o papel central da Ouvidoria como instrumento de aproximação entre o MPGO e a sociedade. Em seu discurso, Carla Fleury resgatou o contexto histórico das Ouvidorias no Brasil, ressaltando sua vinculação ao processo de redemocratização do país e enfatizando a importância do órgão dentro do Ministério Público desde sua implantação em 2007. Mais do que um espaço de acolhimento, a Ouvidoria, segundo ela, deve ser um canal ativo de escuta e resposta, garantindo que cada manifestação seja tratada com seriedade e compromisso institucional.
Ao assumir a função, Fleury destacou que o papel do ouvidor vai além da recepção de manifestações, exigindo um comprometimento inabalável com a ética, a transparência e a dignidade dos cidadãos. "Nosso desafio é fazer com que cada voz seja não apenas ouvida, mas também valorizada e atendida dentro das possibilidades institucionais", afirmou. Sua gestão, conforme adiantou, será pautada pela escuta ativa e pela busca de soluções concretas para as demandas apresentadas.
O presidente da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP), Benedito Torres Neto, destacou a trajetória de Carla Fleury e sua dedicação ao longo de 18 anos na comarca de Inhumas. Segundo ele, sua atuação sempre se caracterizou pela proximidade com a população e pela valorização de soluções extrajudiciais, priorizando o diálogo em detrimento da judicialização. “O que a distingue, Carla, é a capacidade de acolher e transformar demandas em resoluções eficazes, e isso certamente será a marca de sua gestão à frente da Ouvidoria”, declarou.
Com essa nova liderança, a Ouvidoria do MPGO reafirma seu papel essencial na escuta ativa da sociedade, garantindo que a instituição permaneça acessível, transparente e comprometida com a defesa dos direitos da população. Sob a condução de uma procuradora cuja trajetória evidencia o equilíbrio entre sensibilidade e resolutividade, o órgão reforça sua missão de ser um canal eficiente de acolhimento e resposta às demandas sociais.